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domingo, 30 de agosto de 2009

IDENTIFICAÇÃO

À medida que o nosso pensamento move-se das verdades Vicárias (nascimento), em direção às verdades sobre a Identificação (crescimento), seria bom considerar brevemente o que líderes, honrados por Deus através dos anos, têm a dizer sobre a Identificação, como exposto em Romanos 6.

Evan H. Hopkins: “O problema do crente que conhece a Cristo como sua Justificação não é a culpa associada ao pecado, mas o poder dominador do pecado. Em outras palavras, não é do pecado como uma carga ou uma ofensa, que ele procura ser liberto – pois vê que Deus já o absolveu completamente da acusação e da penalidade do pecado – mas é do pecado como um mestre. Para conhecer o caminho proposto por Deus para a libertação do pecado como um mestre, ele deve apreender a verdade contida no capítulo 6 de Romanos. Lá vemos o que Deus tem feito, não com os nossos pecados – questão que o Apóstolo trata nos capítulos anteriores – mas conosco mesmos, os agentes e escravos do pecado. Ele colocou o nosso velho homem – nosso eu original – onde Ele colocou o nosso pecado, a saber, na Cruz com Cristo. ‘sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem’ (Romanos 6:6). Na cruz o crente vê que, não apenas Cristo morreu por ele – substituição – mas que ele morreu com Cristo – identificação.” (Reflexões sobre Vida e Piedade, p.50).

Andrew Murray: “Da mesma forma que Cristo, o crente também morreu para o pecado; ele é um com Cristo na semelhança da Sua morte (Romanos 6:5). E como o conhecimento de que Cristo morreu para o pecado para nossa expiação é indispensável para a nossa justificação, assim o conhecimento de que tanto Cristo quanto nós com Ele na semelhança da Sua morte, estamos mortos para o pecado, é indispensável para a nossa santificação” (Como Cristo, p.176).

J.Hudson Taylor: “Como tenho sido feliz, desde que Cristo passou a habitar em meu coração pela fé! Estou morto e fui sepultado com Cristo – ah, e ressuscitei também! E agora Cristo vive em mim, e ‘esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim’. Nem deveríamos nós olhar para esta experiência, estas verdades, como se fossem pequenas. Elas são o direito de nascença de cada filho de Deus, e ninguém pode desprezá-las sem desonrar nosso Senhor” (O Segredo Espiritual, p. 116).

Wm.R.Newell: “Àqueles que se recusam ou negligenciam considerar-se mortos para o pecado como Deus exige, colocamos a seguinte questão: Como vocês são capazes de crer que Cristo realmente levou a culpa dos seus pecados e que vocês não os encontrarão no dia do Julgamento? É apenas a Palavra de Deus que diz que Cristo levou os nossos pecados em Seu próprio corpo sobre a cruz. E é a mesma Palavra que nos diz que nós, conectados com Adão, morremos com Cristo, que nosso velho homem foi crucificado, que desde que estamos em Cristo compartilhamos Sua morte para o pecado e assim precisamos considerar nossa presente relação com o pecado em Cristo – como aqueles que estão mortos para ele, e vivos para Deus” (Romanos, Versículo por Versículo, p. 227)

Lewis Sperry Chafer: “O tema sob consideração está relacionado com a morte de Cristo como aquela morte está relacionada com os julgamentos divinos da natureza pecaminosa nos filhos de Deus. A necessidade para tais julgamentos e a sublime revelação de que esses julgamentos estão agora completamente realizados para nós é apresentada em Romanos 6:1-10. Esta passagem é o fundamento como também a chave para a possibilidade de ‘andar no Espírito’” (Aquele que é Espiritual, p.154).

Ruth Paxson: “O velho ‘EU’ em nós foi judicialmente crucificado com Cristo. ‘Morrestes’ e a vossa morte data da morte de Cristo. ‘O velho homem’, o velho ‘eu’ na consideração de Deus foi levado à cruz com Cristo e crucificado e foi levado à tumba com Cristo e sepultado. A segurança da libertação da esfera da ‘carne’ e do destronamento do ‘velho homem’ repousa sobre a apreensão e na aceitação deste fato da co-crucificação” (A Vida em um Plano Superior , Vol. II, pp. 78, 79).

Watchman Nee: “Nossos pecados foram tratados pelo sangue, nós mesmos somos tratados pela cruz. O sangue busca o nosso perdão, a cruz procura a libertação do que somos em Adão. O sangue pode remover os meus pecados, mas não pode remover o meu velho homem: Eu preciso que a cruz me crucifique – o pecador” (A Vida Cristã Normal).

L.E.Maxwell:
“Os crentes em Cristo foram unidos a Ele na cruz, unidos a Ele na morte e na ressurreição. Nós morremos com Cristo. Ele morreu por nós e nós morremos com Ele. Este é um grande fato, verdadeiro para todos os crentes.” (A Vitória Cristã, p. 11).

Norman B. Harrison: “Esta é a marca distintiva do Cristão – a experiência da Cruz. Não apenas que Cristo morreu por nós, mas que nós morremos com Ele. ‘sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem’ (Romanos 6:6)” (Seu Lado versus Nosso Lado, p. 40).

Norma F. J. Huegel: “Se o grande Lutero, com sua excitante mensagem de justificação pela fé, tivesse com Paulo avançado de Romanos 5 para Romanos 6 com suas espantosas declarações relativas à posição de identificação do pecador agora justificado com Seu senhor crucificado, não estaria um sufocado Protestantismo em um terreno mais elevado hoje? Não estaria o Protestantismo livre de sua ulcerosa carnalidade?” (A Cruz de Cristo, p. 84).

Alexander R. Hay: “O crente foi unido com Cristo em Sua morte. Nesta união com Cristo, a carne, ‘o corpo do pecado’ – o ser completamente caído e arruinado pelo pecado com sua inteligência, vontade e desejos – é julgado e crucificado. Pela fé, o crente considera-se (contabiliza-se) ‘morto para o pecado’ (Romanos 6:3-14)” (Ordens do N. T. para a Igreja & Missionários, p. 310).

T. Austin-Sparks:
“A primeira fase de nossa experiência espiritual pode ser uma grande e transbordante alegria, com um maravilhoso sentimento de emancipação. Nessa fase, coisas extravagantes são ditas freqüentemente em relação à libertação total e à vitória final. Então pode ser que venha, e freqüentemente vem, uma fase na qual o conflito interno é o resultado principal. Pode ser algo muito parecido com a experiência de Romanos 7. Isso levará, sob a mão do Senhor, ao conhecimento completo do significado da identificação com Cristo, como em Romanos 6. Feliz o homem que tem sido instruído nisso desde o princípio” (O que é o homem? p. 61)

Jesse Penn-Lewis: “Se a diferença entre ‘Cristo morrendo por nós’ e ‘nós morrendo com Ele’, não for reconhecida, entendida e aplicada, pode-se afirmar seguramente que o Eu ainda é o fator dominante na vida” (Memória, p. 26).

Wm. Culbertson: “Quem morreu na cruz? É claro, nosso bendito Senhor morreu na cruz; mas quem mais morreu lá? ‘sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos’ (Romanos 6:6-8)” (A Provisão de Deus para uma Vida Santa, p. 46).

Reginald Wallis: “Deus diz com efeito, ‘Meu filho, como você confiou na obra vicária do Senhor Jesus Cristo para a tua salvação, dê agora mais um passo e considere a Sua obra representativa para a tua vitória dia a dia’. Você crê que o Senhor Jesus morreu pelos teus pecados porque Deus assim o diz. Dê agora o próximo passo. Aceite pela fé o fato seguinte de que você morreu com Ele, isto é, que o seu ‘velho homem foi crucificado com Ele’” (A Nova Vida, p. 51).

James R. McConkey: “Porque Ele morreu ‘a morte já não tem domínio sobre Ele’ e, por causa da nossa união com Ele, ‘o pecado não terá domínio sobre vós’, embora esteja presente em nós. ‘Considerarmo-nos’ mortos para o pecado em Jesus Cristo não faz disso um fato – isso já é um fato através da nossa união com Ele. Nossa consideração de que isso é verdadeiro apenas nos faz começarmos a perceber o fato em nossa experiência diária.” (O Caminho da Vitória, p. 16).

"Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida."(1 João 5:12)

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Caminho, A Verdade e A Vida é uma pessoa




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“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” diz o Senhor Jesus. Somos informados de forma clara que o caminho que Deus provê é Cristo, a verdade que Deus revela é Cristo e que a Vida que Deus concede, é , do mesmo modo, Cristo. Jesus é o nosso caminho, nossa verdade e nossa Vida. É através de Jesus que vamos ao Pai. No coração de Deus, aquilo que está relacionado a Ele é Jesus. Ele não nos deu muita coisa fora de Jesus.
Em assuntos espirituais,freqüentemente lidamos com questões que se tornam vazias e sem qualquer utilidade espiritual para nós. Precisamos então pedir a Deus que abra nossos olhos de modo que possamos conhecer Jesus. A essência do cristianismo reside no fato de sua fonte, profundidade e riqueza estarem vinculadas ao conhecimento do Filho de Deus. Não importa o quanto sabemos de doutrinas, métodos ou poder; o que realmente importa é conhecer o Filho de Deus.

O CAMINHO

Disse Jesus ; “Eu sou o caminho”. A palavra caminho também significa método. Então Jesus é o caminho pelo qual chegamos a Deus e o método que também alcançamos a Deus. Tendo a Ele, temos o caminho; possuindo-O, possuímos o método. Esse caminho nada mais é do que o próprio Cristo. Não é um método qualquer fora dele.
Alguns cristãos estão à procura de novos métodos espirituais. Certa vez, depois de ouvir uma mensagem a respeito da vitória através de Cristo e não por esforço próprio, um irmão disse ao pregador: “Por muitos anos tenho sido constantemente derrotado mas hoje está resolvido”. Ao que o pregador perguntou : “E como você sabe disso?”. O irmão respondeu : “Porque agora creio Ter achado um caminho para a vitória, Louvado seja Deus porque achei um método! A vitória é através do Senhor, não através de mim mesmo”. O pregador respondeu : “Se tudo que você achou foi um caminho para a vitória, então você vai ser derrotado novamente, porque o caminho e o método é o próprio Jesus. Deus não nos dá um caminho, Ele nos dá Jesus”.
Pela graça de Deus, um cristão tem seus olhos abertos para ver que tipo de pessoa ele é; portanto, ele se submete e crê no Senhor, confiando que o Senhor fará aquilo que ele não pode realizar sozinho. Mais tarde, porém, um outro cristão, ao ouvir o testemunho do primeiro, também pede a Deus para iluminá-lo para descobrir sua incapacidade. Ele também sabe que deve crer em Deus e que humildemente deve abandonar seu eu. No entanto, estranhamente ele não recebe a libertação que o primeiro experimentou. Como se explica isso? A razão é que o primeiro irmão possui uma fé viva que o capacita tanto a tocar como crer no Senhor, enquanto segundo está meramente copiando uma fórmula, ou seja, ele tem um método e não o Senhor.
Todas as coisas espirituais fora de Cristo são mortas. Não é porque alguém tenha aprendido uma série de métodos, que tal pessoa é um cristão, uma vez que as pessoas se tornam filhas de Deus através do novo nascimento, e não pelo aprendizado.

A VERDADE

A verdade não se refere a palavras a respeito de Cristo; Ele próprio é que é a Verdade. Freqüentemente, os cristãos consideram o ensino como verdades, embora a verdade seja uma pessoa e não algo mais.
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8:32). Se verificarmos nossa experiência, verificaremos que jamais alguma verdade nos libertou. Podemos Ter falado de doutrinas anos a fio, e, ainda assim não enxergarmos nada. Se nossas palavras se resumem a mera doutrina, estamos manuseando algo morto, tendo como resultado algo artificial, sem vida.
Certa vez um irmão ficou ofendido com outro. Ele não tolerou uma ofensa e repreendeu furiosamente o irmão que o ofendera. Sentiu que deveria procurar o irmão e pedir perdão. Mas quando se lembrava da ofensa e fúria reacendia. Mesmo assim considerava que deveria pedir perdão. Começou a Escrever uma carta e por muitas vezes parou com a fúria em seu coração. Ate que um certo dia conseguiu terminá-la e postar no correio, porém a ira ainda estava em seu coração. Se ele encontrasse aquele irmão, poderia até mesmo cumprimentá-lo e apertar sua mão, mais no sue íntimo o problema estava lá. Ou seja, sua ação foi resultado da doutrina e não de vida.
A VIDA

Devemos deixar bem claro aqui que as obras não são vida porque vida não resulta de esforço, vida é o próprio Cristo. Como as pessoas se esforçam para serem cristãs! Como nos cansamos com este esforço diário. Quão pesadas são as doutrinas que cobram de nós humildade, mansidão, perdão, paciência e santidade. Elas nos esgotam, literalmente. Muitos consideram que ser cristão é uma tarefa difícil. Quanto mais eles tentam, mais difícil a tarefa se torna. Depois de haver tentado por algum tempo, ainda não agem como cristãos. Irmãos, se Cristo não for a nossa vida, nós mesmos teremos que realizar as obras; mas se Ele for a vida para nós, não viveremos em esforço contínuo e vão.
Um erro muito grave é considerar a vida com algo que devemos conseguir por esforço. Devemos deixar bem claro que a vida flui naturalmente resultando em obras, mas as obras não substituirão a vida. Temos pessoas que tem um bom temperamento, raramente causam problemas, são gentis e nunca discutem; mas não se pode dizer que tenham vida espiritual rica. Se essas virtudes procedem de sua natureza humana, não são vida, pois elas não vêm de Cristo.
O que é a Vida? A vida é mais profunda que pensamentos e emoções. Tanto pensamento quanto emoções são coisas externas, O que então a vida? O senhor Jesus disse : “Eu sou a vida”.
Não devemos nos precipitar em concluir que encontramos a vida quando tudo o que encontramos é uma atmosfera espiritual excitante. A experiência tem mostrado que muitos daqueles que são especialistas em criar um atmosfera excitante conhecem muito pouco ao Senhor. Muitas pessoas se emocionam facilmente, na verdade, conhecem muito pouco o Senhor. Somente Cristo é a vida, nada mais.
À medida que O conhecemos, tocamos a vida. Na presença de Deus devemos ver o significado de Cristo como a nossa vida. Aqueles que se emocionam facilmente ou que são demasiamente inteligentes não são necessariamente pessoas que conhecem o Senhor. Conhecê-lo requer uma visão espiritual.
Extraído de : "Cristo, a essência de tudo que é espiritual." Watchman Nee. Editora dos Clássicos